📌 Revisão de Imunidade

Language: Portuguese

Falta uma semana para o teste. Vamos fazer revisões!

Índice

• Tipos de leucócitos
• Mecanismos de defesa não específicos
  • Barreiras físicas
  • Fagocitose
  • Resposta inflamatória
  • Interferão
  • Sistema de complemento
• Mecanismos de defesa específicos
  • Imunidade humoral
  • Imunidade celular
  • Momória imunitária
  • Imunização
• Desequilíbrios e doenças
  • Alergia
  • Doenças autoimunes
  • Imunodeficiência

Tipos de leucócitos

Tipo	Núcleo	Granulações?	Função
Neutrófilos	Poliloblado	Sim	Fagocitose
Eosinófilos	Biloblado	Sim	Parasitas
Basófilos	Irregular	Sim	Histamina
Linfócitos	Esférico	Não	Vários
Monócitos	Forma de rim	Não	Macrófago

Neutrófilos

São os primeiros que chagam ao local infetado. Realizam fagocitose para eliminar as agentes invadores.

Eosinófilos

Principalmente luta contra os parasitas: liberta enzimas que os destroem.

Basófilos

Contém histamina que intervêm nas reações imunitárias.

Linfócitos

Tem vários tipos de linfócitos que são importantes nos mecanismos de defesa não específicos. Os linfócitos provem de linfoblastos.

Natural killer: Principalmente luta contra tumores e cancros.

Monócitos

Os monócitos podem atravessar os vasos sanguíneos e se transformar em macrófagos.

Mastócitos

“Guardas locais” que libertam histamina que atraem os fagócitos após ter contacto com os agentes invasores

Mecanismos de defesa não específicos

Mecanismos de defesa não específicos são mecanismos que defendem o nosso sistema imunitário de uma forma geral.

Barreiras físicas

Barreiras físicas

A pele inacta serve de barreira para a maioria de micro-organismos. As glândulas sudoríparas, sebáceas e lacrimais produzem secreções que são tóxicas para muitos micro-organismos, impedindo o seu desenvolvimento

As mucosas do tubo digestivo e órgãos genitais, a lisozima presente na saliva e nas lágrimas e ácido clorídrico e suco gástrico presentes no estômago podem eliminar os micro-organismos.

O muco produzida pelas mucosas que se encontram nas superfícies respiratórias e vias genitais contém uma substância chamada mucina que é tóxico para os micro-organismos. Além disso, o muco pode aprisionar os micro-organismos e estes são transportados pelo cílio através dos movimentos vibráteis.

Fagocitose

Os micro-organismos são destruidos pelos fagócitos através de fagocitose.
Captação por pseudópodes (prolongamento da membrana citoplasmática) ou ingestão -> Digestão (a lisossoma que contém enzima digestiva junta-se a vesícula endocítica, formando a vesícula digestiva) -> Destruição do micro-organismos e exocitose da parte não digerida

Resposta inflamatória

Ocorre a resposta inflamatória se a primeira barreira de defesa for ultrapassada, atuando como se fosse a segunda barreira de defesa.

Febre
Quando uma resposta inflamatória não foi suficiente, ocorre um resposta sistemática. Febre é um tipo de resposta sistemática, pois envolve a cooperação de vários órgãos.

Interferão

Células infetadas por vírus vai libertar um tipo de proteína para o fluido intersticial. Este tipo de proteína, que é denominada interferão, desencadeia um processo de produção das proteínas antivirais nas células que se encontram nas proximidades da célula infetada, através de enviar sinais químicos para o núcleo. Como estas proteínas antivirais não são específicas, o interferão pode conferir às células capacidade de bloquear vários tipos de vírus diferentes.

Sistema de complemento (3)

Complemento são proteínas que se circulam livremente no sangue de forma inativa. Quando detetam uma ligação entre antigénio e anticorpo, desencadeiam uma cascata de reações químicas, ativando o sistema de complemento. Estas proteínas tem as seguintes funções:

• Aglutinação de bactérias, facilitando a fagocitose;
• Provocação de lise das bactérias após a adesão a parede celular destas mesmas.
• Estimula a mastócitos a libertarem histaminas (para provocar quimiotaxia).

Mecanismos de defesa específicos

Imunidade humoral

Os linfócitos B que são produzidos e maturados na medúla óssea são responsáveis por este tipo de imunidade. Estes linfócitos não ataquem os agentes agressores diretamente, mas sim através do anticorpo que produzem.

A estrutura dos anticorpos

Têm uma forma de “Y”, possuem uma cadeia pesada e duas cadeias leves. A cadeia pesada determina a sua classe, enquanto a cadeia leve determina com que antigénio é que vai ligar.

Anticorpos (Imunoglobulina) e as suas funções

Tipo	Localização	Função
Ig A	Leite, lágrimas e sistema digestivosjo	São os primeiros a agir após uma infeção
Ig D	Na membrana dos linfócitos B	Estimula os linfócitos B a produzirem outro tipo de anticorpos
Ig E	Nos mastócitos	Controla a secreção de histamina (que faz quimiotaxia aos fagócitos)
Ig G	Plasma e linfa intersticial	Combater contra bactérias
Ig M	Plasma	Combater contra bactérias

O termo “anticorpos” referem principalmente às suas estruturas, enquanto o termo “imunoglobulina” remete para a sua função.

A ação das imunoglobulinas (5)

1. Neutralização dos antigénios das bectérias/vírus, tornando-os incapazes de entrar nas células;
2. Aglutinação das bactérias, facilitando a fagocitose;
3. Precipitação das substâncias tóxicas. O precipitado vai ser removido por mastócitos posteriormente;
4. Ativação do sistema de complementos (lise das bactérias, aglutinação, estimulação dos mastócitos…);
5. Estimulação da fagocitose.

Funcionamento dos linfócitos B

1. Seleção colonal: O contacto com o antigénio vai ativar apenas os linfócitos B que possuem o respetivo anticorpo.
2. Multiplicação das células selecionadas. Os linfócitos B diferenciam-se em plasmócitos e células-memória.
3. Produção de grande quantidade de anticorpos (geralmente Ig G) pelos plasmócitos para neutralizar o antigénio.
4. *A crise passa
5. os plasmócitos morrem, pois apenas vivem um curto período do tempo, enquanto as células-memória permanecem vivos durante muito tempo (até anos). Ver “momória imunitária”

Imunidade celular

Os linfócitos T que são produzidos na medúla óssea e que são maturados no timo são responsáveis por este tipo de imunidade. Os T citocócicos (ou citolíticos) libertam substâncias tócicas capazes de destruir a célula-alvo (que podem ser células infetadas ou células cancerosas), enquando os T helpers (ou auxiliares) vai ativanto todo o sistema imunitário.

Papel de macrófagos

Após a destruição de um tipo de vírus (por exemplo), parte de antigénio deste vírus pode ligar aos recetores presentes na membrana do macrófago (complexo maior de histocompabilidade (MHC)), formando antigénio-MHC. Estes macrófagos são denominadas “células apresentadoras de antigénio”. Estes antigénios podem ser identificado por linfócitos T que possuem o respetivo anticorpo (Seleção colonal).

Os linfócitos T vai se multiplicar (proliferação colonal) e se diferenciar em T citotóxicos (Tc) e em T helpers (Th). Os Tc vão destruir as céluas infetadas ou cancerosas, libertando citoquinas é esse o nome!. Os Th vão ativar todo o sistema imunitário (linfócitos T e B, macrófagos, etc.)

Momória imunitária

Quando o organismo é exposto a um agente patogénico pela primeira vez, são produzidas células-memória Ver “Funcionamento dos linfócitos B”.
Quando o organismo é exposto ao mesmo agente patogénico pela segunda vez (vamos chamá-lo “A”), é desencadeada a reação seguinte:

1. Parte das células-memória de A vai se diferenciar em plasmócitos e produzir o anticorpo anti-A.
2. Ocorre a produção de grande quantidade do anticorpo anti-A, por isso mesmo é frequente que a segunda exposição a A não chege a manifestar sintomas, pois é eliminado rapidamente.
3. Nota que a memória imunitária é específica, ou seja, a memória de A não se aplica em B (outro tipo de agente patogénico).

Imunização

A imunização divide-se em dois grupos: imunização ativa e passiva.
Cada um destes grupos podem ser dividido em dois classes: artificial e natural.

Imunidade Ativa	Natural	O indivíduo é exposto naturalmente ao antigénio
	Artificial	O indivíduo, por exemplo, recebe uma vacina.
Imunidade Passiva	Natural	As crianças recebem os anticorpos da mãe através da placenta e cordão umbilical
	Artificial	O indivíduo recebe um soro de anticorpos produzidos por outra pessoa ou animal

Na imunização ativa, somos o nosso organismo que produzem o anticorpo, enquanto na passiva estamos a receber anticorpos que não sejam produzidos por nós próprios.

Vacinas

Existem vários tipos de vacinas: vacinas de microragnismo completo, vacinas de parte de microrganismo ou vacinas recombinantes.

Ao administrarmos a vacina, é desencadeado uma resposta imunitária primária, produzindo células-memórias para o antigénio em causa. Quando somos expostos ao antigénio pela segunda vez, o nosso organismo vai desencadear uma resposta imunitária secundária, permitindo uma rápida eliminação dos antigénios.

A vacina pode perder o seu efeito protetora por desaparecimento das células-memórias ou por mutações do próprio antigénio.

Desequilíbrios e doenças

Alergia

A alergia é um tipo de hipersensibilidade em que o sistema imunitário reage exageradamente perante um certo antigénio.

Doenças autoimunes

Doenças autoimunes ocorrem quando o nosso sistema imunitário identifica que as nossas próprias células são corpos estranhas.

Lúpus

Lúpus é causado por anticorpos que contram diversos moléculas do organismo

Artrite

Artrite é causado por anticorpos que destroem a cartilagem.

Diabetes insulinodependente

Diabetes insulinodependente é causado por células que destroem as células produtoras de insulina no fígado.

Esclerose múltipla

Esclerose múltipla é causado por linfócitos T que atacam as mielinas das células nervosas do sistema nervoso central.

Imunodeficiência

A imunodeficiência tem dois tipos: inata e adquirida

Imunodeficiência inata

Mutações genéticas que resultam em malformação de timo e na ausência parcial ou total de linfócitos. Os indivíduos afetados por esta doença não tem praticamente nenhum sistema de defesa contra os agentes patogénicos.

Imunodeficiência adquirida